segunda-feira, 14 de junho de 2021

governo deve prorrogar auxilio por mais dois meses .

 Auxílio precisa ser sucedido imediatamente por novo programa social, diz Pacheco

Auxílio precisa ser sucedido imediatamente por novo programa social, diz Pacheco


O governo deve prorrogar o benefício por mais dois meses, até setembro, mas quer lançar um substituto para o Bolsa Família, com duração permanente

presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a criação de um novo programa social de renda mínima assim que o novo auxílio emergencial acabar. O governo deve prorrogar o benefício por mais dois meses, até setembro, mas quer lançar um substituto para o Bolsa Família, com duração permanente. A disputa eleitoral em 2022 reforça a tentativa do presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Estamos em luta contra o tempo para conceber um programa social de renda mínima, de renda básica, de renda cidadã. Acredito muito que vai acontecer", disse o presidente do Senado em entrevista ao site Jota. "O impacto orçamentário, perto de tudo, não é um impacto orçamentário proibitivo."

Para Rodrigo Pacheco, o novo programa precisa abranger os beneficiários do Bolsa Família e do atual auxílio emergencial e ser compatível com o aumento de preços, especialmente os dos alimentos da cesta básica.

Além disso, ele apontou a necessidade de desenhar um programa para incentivar a entrada dos beneficiários no mercado formal de trabalho.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Brasil ficou longe de cumprir compromisso para diminuir 50% das mortes de transito.

 Brasil deixa de cumprir compromisso de redução de 50% das mortes no trânsito

Brasil deixa de cumprir compromisso de redução de 50% das mortes no trânsito

As principais causas de fatalidades são evitáveis

Brasil ficou longe de cumprir a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir em 50% o número de mortes em acidentes de trânsito de 2009 a 2019, destaca o Estadão. Considerando apenas as rodovias, o País teve diminuição nos óbitos de pouco mais da metade desse objetivo, apesar da queda acentuada sobretudo depois da promulgação da Lei Seca e da obrigatoriedade do uso de cadeirinha para as crianças.

Um novo mapeamento feito pela agência 360º CI para a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com base em dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da agência 360, revela que entre 2009 e 2019 foram relatados nas estradas federais 1.507.645 de acidentes e 79.085 mortes. Dados preliminares de 2020 indicam pelo menos 5,3 mil mortos, apesar da redução de tráfego causada pela pandemia. "Embora o número de acidentes tenha caído significativamente, se pudéssemos aplicar a meta da ONU só às estradas, ainda assim o Brasil estaria em desvantagem. Conseguimos baixar apenas 26% das mortes nas rodovias", afirmou o diretor científico da Abramet, Flávio Adura. "Projetando a expectativa da ONU, era de se esperar que o número de vítimas não ultrapassasse 3,6 mil."

As principais causas de fatalidades são evitáveis. "Observamos redução consistente do número de mortos", admite Adura. "Mas o Brasil continua sendo o quarto país do mundo com o maior número absoluto de mortes, atrás só de China, Índia e Nigéria. Nos chamados países em desenvolvimento os acidentes com mortes são muito mais prevalentes. Isso ocorre porque pelo menos metade da mortalidade vem dos chamados 'vulneráveis do trânsito': pedestres, motociclistas e ciclistas."

Entre as maiores vítimas estão as crianças. Os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de 0 a 14 anos. A obrigatoriedade da cadeirinha e do cinto no banco de trás até melhorou a perspectiva - segundo a OMS, isso reduz em até 60% a chance de óbito. Mas, segundo os especialistas, é possível fazer mais. "Ainda nos preocupa muito o uso crescente de patinetes, que são muito perigosos", afirma o pediatra Abelardo Bastos Pinto Junior, presidente do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio. "E há a forma irreverente com a qual muitos costumam dirigir. Acho que seria importante ter campanhas de conscientização dentro das escolas, ao longo da formação do estudante."

O mapeamento se divide em dois momentos. Entre 2009 e 2014, houve, em média, 180 mil acidentes por ano. Entre 2015 e 2019, ficou em torno de 86 mil casos anuais, em média. No topo da lista das causas de acidentes aparece a falta de atenção, anotada como causa provável em 38,5% dos acidentes. Na segunda posição está a velocidade excessiva para determinados trechos, com 9,4% dos registros. Destaca-se, ainda, o fato de que em 24,7% dos casos as causas permanecem indefinidas. "Um terço dos motoristas dirige distraído, conversando, vendo a paisagem e, muitas vezes, falando no celular e mandando mensagens. Mas a falta de atenção também pode estar relacionada a doenças e ao uso de medicamentos que podem causar sedação ou sonolência. Problemas cognitivos, como o Alzheimer, também podem provocar falta de atenção. Sem falar no uso de drogas para viagens mais longas (sobretudo entre motoristas profissionais)", pontua Adura.

Outro problema frequente é o excesso de velocidade. "Trabalhos científicos sobre a tolerância humana a impactos mostram que em um acidente envolvendo um veículo viajando a até 30 km/h a chance de sobrevivência dos envolvidos em atropelamento ou colisão é de praticamente 100%", explica o presidente da Abramet, Antonio Meira Jr. "Mas a partir de 50 km/h, a chance de um vulnerável (pedestre, motociclista ou ciclista) morrer é de 100%."

O álcool surge numa categoria à parte - sua ingestão, conforme a OMS, é causa de até 35% dos acidentes mais graves. São as ocorrências que deixam mais mortos e mais pessoas com sequelas graves. "Não é só uma questão de perder os reflexos, o que já seria grave", explica Adura. "O álcool interfere na direção, na perda da noção de velocidade, na perda da visão lateral. Além disso, torna a pessoa mais agressiva. Em um acidente, aqueles que estão alcoolizados são sempre os que têm mais chances de morrer, seja pela própria reação no momento do acidente, seja depois, no hospital, pelas condições médicas."

Presidente da Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego, Patrícia Sandri complementa, ressaltando que "até 90% dos acidentes são causados por falhas humanas", diz. Uma forma complementar de evitar os efeitos mais graves dessas falhas, segundo o presidente da Abramet, seria ter estradas inteligentes, como algumas da Europa. "Já sabemos que todo ser humano comete erros. Então deveríamos projetar as vias pensando nessa possibilidade, como na Suécia", diz Meira Jr. "As estradas brasileiras são péssimas, mal planejadas, têm sinalização inadequada, iluminação insuficiente e são mal conservadas."

Pontos críticos

Outro achado relevante da investigação científica foi o delineamento de uma lista de rodovias com maior concentração de acidentes e a definição de pontos críticos em termos de segurança para motoristas, passageiros e pedestres. Em números absolutos, as dez rodovias com mais acidentes foram: BR-101,BR-116, BR-381, BR-040, BR-153, BR-364, BR-262, BR-316, BR-163 e BR-230. Nessas, houve 926.676 incidentes.

"Existem problemas que vão da própria via (como uma curva mal projetada), da densidade de veículos, do tipo de carro que circula em maior número, se cruza áreas urbanas", enumera Flávio Adura. "Nos Estados do Nordeste, por exemplo, temos mais acidentes com vítimas porque a frota de motociclistas por lá já supera a de outros veículos - e a moto é muito vulnerável. O Estado que mais registra fatalidades é Minas, por causa da alta densidade de caminhões circulando. Já no Sul do País há muitos registros de acidentes graves porque as vias atravessam cidades."

Meta retomada

Ciente de que a maioria dos países não conseguiu alcançar a meta de redução de mortes no trânsito estabelecida pela OMS para a década passada, a última Conferência Global da ONU sobre Segurança no Trânsito, realizada em fevereiro, definiu os anos de 2021 a 2030 como a segunda década de ação pela segurança no trânsito. E manteve a meta de redução de 50% das fatalidades.

Pandemia

Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) indicam o oposto do que se esperava com a pandemia de 2020: uma redução mínima da violência no trânsito. Em 2019, o número de pessoas que sofreu acidente de carro e foi levado a hospital foi de 219.449. Em 2020, foram 212.058, retração de 3%. A tendência se confirma nos gastos do SUS com o atendimento a acidentados. Foi de R$ 313.445.848 em 2019 para R$ 311.936.574 no ano passado.

"No primeiro momento da pandemia, houve uma redução dos acidentes", avalia Flávio Adura da Abramet. "Mas logo depois começou a aumentar novamente, sobretudo com a grande circulação de motocicletas de entrega, mais sujeitas a acidentes." / R.J.

Nova legislação

A nova legislação que entrou em vigor em 12 de abril não é exatamente a que os defensores de um trânsito mais seguro esperavam. "Foi a lei possível de ser aprovada no Congresso", diz Armando de Souza, presidente da Comissão Especial de Direito do Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil.

Especialistas criticam vários pontos. Agora, todos os documentos emitidos passam a valer por 10 anos para condutores de até 50 anos - e não mais por 5 anos. Pela lei anterior, o motorista podia acumular até 20 pontos na CNH para não ter a carteira suspensa. A partir de agora, contudo, há uma gradação e a perda ocorre com 20, 30 ou 40 pontos. E com a nova lei quem for flagrado dirigindo em uma velocidade acima de 50% do limite permitido pela via não terá mais a suspensão e a apreensão imediata da CNH. Haverá processo administrativo.

Mas também houve avanços. Antes de o texto chegar à Câmara, o presidente Bolsonaro queria desobrigar o uso da cadeirinha ou assento de elevação para bebês e crianças. Contudo, a obrigatoriedade foi mantida. O que mudou é o limite de altura para utilização dos dispositivos de segurança. Crianças de 1,45 metro de até 10 anos devem usar o dispositivo de retenção por lei. Pela lei anterior não havia limite de altura.

Outro avanço é a determinação de que motos, ciclomotores e motonetas só podem transportar crianças com mais de 10 anos. Pela lei anterior, eram 6 anos. "No que diz respeito à segurança das crianças, a nova lei foi positiva", diz o pediatra Abelardo Bastos Pinto Junior.

Ultrapassar ciclistas agora é um ato passível de multa gravíssima. Também pode ser multado quem usar as ciclovias como lugar de embarque ou desembarque. E a nova norma impede que ocorra uma substituição da prisão por penas alternativas aos condutores que, sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas, causarem morte ou lesão corporal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1807026/brasil-deixa-de-cumprir-compromisso-de-reducao-de-50-das-mortes-no-transito

quinta-feira, 20 de maio de 2021

centro de estudos e segurança e cidadania , vai investigar racismo na abordagem policial.

 Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, patrulha, policiamentoPesquisa vai investigar racismo nas abordagens policiais no Rio

Foi lançada hoje (20) a reedição da pesquisa Elemento Suspeito, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC). O objetivo é conhecer a incidência de abordagens policiais nas ruas do Rio de Janeiro, levando em conta idade, raça e território, além de verificar a qualidade dessas interações e as opiniões de diferentes setores da população sobre a polícia.

A primeira edição, feita entre 2003 e 2005, apontou que 55% das pessoas negras abordadas eram revistadas, enquanto entre os brancos o índice era de 33%. As revistas corporais ocorriam em 77% das pessoas paradas a pé e em apenas 20% dos parados em carros particulares. Agora, os pesquisadores procuram saber o que mudou nessas quase duas décadas nas políticas e nas práticas de policiamento.

O primeiro boletim da pesquisa atual, Elemento Suspeito: racismo e abordagem policial no Rio de Janeiro publicado hoje, apresenta a metodologia que será seguida, como a formação de um conselho para assessorar os pesquisadores e como serão tratadas as faltas de resposta por parte das autoridades policiais.

A pesquisa vai incluir um levantamento quantitativo sobre a proporção de pessoas abordadas, a qualidade da interação policial e opiniões a respeito das polícias e das operações policiais. Na parte qualitativa, serão explorados aspectos sobre as perguntas que os policiais fazem nas abordagens, o que caracteriza uma revista humilhante, qual é a sensação de ter uma arma apontada para você e como é se sentir o elemento suspeito em uma abordagem policial.

Foi lançada hoje (20) a reedição da pesquisa Elemento Suspeito, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC). O objetivo é conhecer a incidência de abordagens policiais nas ruas do Rio de Janeiro, levando em conta idade, raça e território, além de verificar a qualidade dessas interações e as opiniões de diferentes setores da população sobre a polícia.

A primeira edição, feita entre 2003 e 2005, apontou que 55% das pessoas negras abordadas eram revistadas, enquanto entre os brancos o índice era de 33%. As revistas corporais ocorriam em 77% das pessoas paradas a pé e em apenas 20% dos parados em carros particulares. Agora, os pesquisadores procuram saber o que mudou nessas quase duas décadas nas políticas e nas práticas de policiamento.

O primeiro boletim da pesquisa atual, Elemento Suspeito: racismo e abordagem policial no Rio de Janeiro publicado hoje, apresenta a metodologia que será seguida, como a formação de um conselho para assessorar os pesquisadores e como serão tratadas as faltas de resposta por parte das autoridades policiais.

A pesquisa vai incluir um levantamento quantitativo sobre a proporção de pessoas abordadas, a qualidade da interação policial e opiniões a respeito das polícias e das operações policiais. Na parte qualitativa, serão explorados aspectos sobre as perguntas que os policiais fazem nas abordagens, o que caracteriza uma revista humilhante, qual é a sensação de ter uma arma apontada para você e como é se sentir o elemento suspeito em uma abordagem policial.

 O lançamento ocorre na semana em que a morte do menino João Pedro, em São Gonçalo, completa um ano e às vésperas do aniversário de morte do americano George Floyd, em Mineápolis, ambos vítimas de violência policial.

O pesquisador Diego Francisco destaca, no boletim, que as redes sociais proporcionam, atualmente, a possibilidade de construção de narrativas, denúncias de violações de direitos e compartilhamento de vivências da população negra, sejam elas periféricas ou não. Para ele, a pesquisa vai contribuir com essa análise dos fenômenos sociais.

“A primeira edição desta pesquisa foi capaz de produzir dados elementares para a discussão no campo de pesquisa da segurança pública; desta vez temos a chance de radiografar os impactos persistentes de um fenômeno que se aprofunda, se intensifica e se amolda ao seu tempo. É empreender a busca por compreender mecanismos que reforça cotidianamente o lugar das pessoas negras nesta cidade. Ampliaram-se os interlocutores e, ainda mais, a responsabilidade”.

A coordenadora da pesquisa, Silvia Ramos, explica que a publicação de hoje é a primeira de uma série que será produzida sobre a realidade atual das ruas cariocas, que vem se mostrando mais severa e justifica uma atualização do estudo.

“Em 2003, coordenei, junto com Leonarda Musumeci, uma pesquisa pioneira no CESeC sobre abordagem policial no Rio de Janeiro. Um dos policiais entrevistados disse: como os policiais dizem pelo rádio da viatura, o abordado é sempre o elemento suspeito cor padrão".

Para ela, a pesquisa pode contribuir para mudar a realidade vivenciada pelos jovens negros. “O que vai mudar as polícias é a pressão organizada da sociedade, de fora para dentro e de cima para baixo”.

Esta será a primeira pesquisa do CESec, fundado em 2000 na Universidade Cândido Mendes, que terá como tema principal o racismo.

Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-05/pesquisa-vai-investigar-racismo-nas-abordagens-policiais-no-rio

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Modelo criado na Unicamp descreve interação entre luz e vibração mecânica em microcavidades

 Modelo criado na Unicamp descreve interação entre luz e vibração mecânica em microcavidades

Modelo criado na Unicamp descreve interação entre luz e vibração mecânica em microcavidades
Esquema com nanopartícula de ouro (Au), acima de espelho metálico, mostrando a vibração molecular para a molécula orgânica BTP


 
Um estudo conduzido no Centro de Pesquisa em Fotônica da Universidade Estadual de Campinas (Photonicamp) investigou um processo menos conhecido associado ao acoplamento optomecânico. E criou um modelo teórico que foi validado por meio de simulações e comparação com resultados experimentais bem documentados na literatura. Os resultados foram apresentados em artigo, publicado no periódico Physical Review Letters.

 “O que acontece nesses sistemas são dois fenômenos interdependentes. Por um lado, a luz exerce pressão sobre a cavidade em que está confinada. Por outro, as vibrações mecânicas espalham essa luz. A interação entre os dois fenômenos pode se dar de duas formas distintas. Caso a luz espalhada permaneça no interior do dispositivo, temos a chamada interação dispersiva. Caso a luz escape para o exterior da cavidade, ocorre, então, a chamada interação dissipativa”, diz à Agência FAPESP o físico Thiago Alegre.

 Professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW-Unicamp) e pesquisador do Photonicamp, Alegre foi o coordenador do estudo, que teve como autor principal seu estudante de doutorado André Garcia Primo. Além da bolsa de doutorado direto conferida a Primo, o estudo contou com apoio da FAPESP por meio de outros cinco projetos (17/19770-1, 20/06348-2, 18/15580-6, 18/15577-5 e 18/25339-4).

 Participaram da coordenação os professores Newton Cesário Frateschi e Gustavo Silva Wiederhecker.

 Enquanto a interação dispersiva é bastante conhecida e constitui a base de avanços importantes no campo da optomecânica – como, por exemplo, no interferômetro LIGO, responsável pela detecção de ondas gravitacionais em 2016 –, a interação dissipativa tem sido apenas marginalmente explorada em experimentos. “Essa escassez de experimentos está fortemente relacionada à inexistência de uma base teórica que seja capaz de descrever o quão forte é a interação dissipativa para um dado dispositivo. A contribuição de nosso trabalho é exatamente uma formulação teórica que engloba ambas as interações, a dispersiva e a dissipativa”, explica Alegre.

 Isso é feito utilizando a chamada teoria de perturbação, na qual se assume que a interação optomecânica é razoavelmente fraca, de modo que, em primeira aproximação, torna-se possível tratar luz e vibração mecânica de maneira independente. Com o conhecimento dos comportamentos ópticos e mecânicos calculados individualmente, é possível descrever o acoplamento optomecânico de forma bastante simples.

 “A novidade está no jeito como realizamos esse último passo. Essencialmente, ao contrário do que sempre foi feito, nós consideramos que o comportamento da luz no dispositivo é física e matematicamente afetado pela possibilidade de a luz fugir da cavidade. Ao levarmos isso em conta, percebemos que era possível descrever ambas as interações, dispersiva e dissipativa, com um alto grau de precisão”, conta Primo.

 Na última parte do trabalho, os pesquisadores testaram sua teoria por meio de dois exemplos experimentais bem documentados na literatura. Em um deles, os autores investigaram experimentalmente uma cavidade optomecânica feita de silício e mostraram que ambas as interações, dispersiva e dissipativa, eram relevantes para explicar os fenômenos observados. “Nós mostramos que nossa teoria está em perfeita concordância com o experimento realizado, tornando-se então uma ferramenta preciosa para a obtenção de dispositivos nos quais esses fenômenos não convencionais são potencializados”, afirma Alegre.

 O segundo exemplo utilizado refere-se a nanocavidades optomecânicas plasmônicas feitas de ouro. Essas nanocavidades são capazes de confinar a luz em volumes muito menores do que as microcavidades, atuando essencialmente como nanolentes. É possível detectar o movimento mecânico de moléculas individuais que se encontrem acopladas a esses dispositivos. Essa possibilidade possui uma ampla gama de aplicações, das quais se sobressai a detecção de compostos químicos em meios biológicos, visando a identificação de substâncias que podem, por exemplo, indicar condições patológicas. “Com nossa teoria mostramos que, embora nunca tenha sido reportado, o espalhamento dissipativo de luz por moléculas é extremamente importante para os fenômenos optomecânicos nesses sistemas”, comenta Primo.

 Alegre acrescenta que alguns resultados obtidos em experimentos recentes, e que ainda não haviam sido bem compreendidos, ficam corretamente descritos quando se leva em conta o modelo produzido pelo estudo que ele coordenou.

 O artigo Quasinormal-Mode Perturbation Theory for Dissipative and Dispersive Optomechanics pode ser lido em https://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/PhysRevLett.125.233601.


Noticia: Agência Fapesp

 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Madeiras irregulares , apreendidas no estado do para.

 Forças Armadas apreendem balsas com toras de madeira no Pará

Forças Armadas apreendem balsas com toras de madeira no Pará

O comboio violou regras que tratam sobre a segurança do tráfego aquaviário, entre elas, excesso de carga e falta de tripulantes

Militares da Capitania Fluvial de Santarém apreenderam ontem (28) duas balsas com toras de madeira que estavam paradas na comunidade de São José, no Rio Arapiuns, em Santarém, no Pará. O comboio violou regras que tratam sobre a segurança do tráfego aquaviário, entre elas, excesso de carga e falta de tripulantes.

De acordo com nota do Ministério da Defesa, o caso foi informado aos órgãos ambientais e à Polícia Federal que devem verificar a regularidade da carga de madeira das embarcações e do seu transporte. A ação foi coordenada pelo Comando Conjunto Norte, dentro da Operação Verde Brasil 2, que visa prevenir e combater crimes ambientais na Amazônia Legal.

Na última sexta-feira (25), as Forças Armadas já haviam realizado apreensões de embarcações transportando madeiras e ocuparam uma madeireira, respectivamente, em Santarém e Itaituba com informações da agência Brasil.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1763963/forcas-armadas-apreendem-balsas-com-toras-de-madeira-no-para

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Fies: inscrição para não matriculado pode ser feita até terça-feira


 Fies: inscrição para não matriculado pode ser feita até terça-feira 

Serão disponibilizadas 50 mil vagas remanescentes 


Candidatos não matriculados em instituição de educação superior podem se inscrever até as 23h59 da próxima terça-feira ( 3), a cerca de 50 mil vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre de 2020. Já para estudantes que estão matriculados em curso, turno e instituição para o qual desejam se inscrever, o prazo termina às 23h59 do dia 27 de novembro. As inscrições são realizadas pela internet, exclusivamente, na página do Fies: http://fies.mec.gov.br/ . Todos os candidatos devem ficar atentos aos prazos e lembrar que a ocupação de vagas ocorre por ordem de conclusão de inscrição. 

Segundo o Ministério da Educação (MEC), nesse processo de ocupação de vagas remanescentes do Fies, a oferta está distribuída em 4.213 cursos de 881 instituições privadas de educação superior do país. “Desde o início das inscrições, no dia 26 de outubro, até as 15h dessa quinta-feira (29), o sistema eletrônico de inscrição do Fies já registrava mais de 13 mil inscrições concluídas. As vagas remanescentes são aquelas não preenchidas durante os processos seletivos regulares do Fies de 2020”, informou a pasta. 


Bolsistas Prouni 

As vagas remanescentes do Fies, também, podem ser ocupadas por quem já estuda com bolsa parcial (50%) do Prouni e deseja financiar a outra metade da mensalidade do seu curso com subsídios do governo. Eles também terão até as 23h59 do dia 27 de novembro para disputar a vaga desejada. 


Validação da inscrição 

Ao ter a inscrição concluída, o candidato terá dois dias úteis para validar as informações declaradas no ato da inscrição, diretamente na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição escolhida. A documentação pode ser apresentada em formato digital, desde que a instituição ofereça essa forma de atendimento. 




Cada instituição tem uma CPSA, que é responsável pelo recebimento e pela análise da documentação exigida para a emissão do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI), necessário para formalizar a contratação do financiamento. Após a emissão do DRI, o estudante terá dez dias, contados a partir do terceiro dia útil, imediatamente, subsequente ao da emissão do referido documento, para entregar a documentação exigida para fins de contratação e validar as informações dele junto ao banco. 

 
 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Santos explicam o destaque do Marinho em 2020

 

Decisivo contra Athletico, ele participa de um gol por jogo, na média

 Santos Futebol Clube, jogador Marinho

Os números não dizem tudo, mas, ajudam a entender o que acontece no futebol. As estatísticas de Marinho no Santos deixam clara a importância do atacante para o Peixe. No último domingo (16), contra o Athletico-PR, o Alvinegro Praiano venceu pela primeira vez desde a paralisação do futebol, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1313955&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1313955&o=node

Além de fechar o placar em 3 a 1 na Vila Belmiro, o camisa 11 deu assistências para os gols do atacante Yeferson Soteldo e do lateral Felipe Jonatan - o lateral Abner descontou para o time do Paraná. No jogo, segundo índices do Sofascore, site especializado em estatísticas esportivas, Marinho ainda deu outros dois passes decisivos, ou seja, proporcionou finalizações de companheiros. Na partida, ele foi o jogador que mais disputas de bola venceu (10, em 20 duelos) e sofreu seis das nove faltas cometidas pelo Athletico.

No Brasileiro, o atacante participou dos quatro gols marcados pelo Santos até agora. Ele também havia balançado as redes no empate por 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, no domingo anterior (9), também na Vila, na estreia pela competição. Em três rodadas, levou menos de 65 minutos para participar de gols.

O detalhe que reforça o papel do jogador no elenco alvinegro é que Marinho esteve em apenas sete das 17 partidas do Peixe em 2020. O camisa 11 sofreu uma fratura no pé esquerdo logo na estreia dele no ano, em um 0 a 0 com o Bragantino pelo Campeonato Paulista. Quando foi a campo, o atacante participou de ao menos um gol por jogo. São cinco bolas na rede e duas assistências nesta temporada.

Após a partida, o técnico Cuca reconheceu a importância de Marinho, mas, prefere compartilhá-la com outros nomes do elenco. "[O Santos] Depende do Marinho, do Soteldo, do [volante Carlos] Sanchez, do Lucas [Veríssimo, zagueiro], dos caras mais experientes carregarem a molecada. Eles têm que agir assim, com essa liderança. Eles não têm por característica o comando e vão amadurecendo isso", analisou.

O resultado na Vila levou o Santos a quatro pontos e à oitava posição na Série A, enquanto o Athletico, com seis pontos, perdeu a chance de seguir na liderança, caindo para quinto. O Furacão sofreu a primeira derrota no campeonato e não teve o técnico Dorival Júnior no banco. Diagnosticado com a covid-19, ele foi substituído pelo auxiliar (e filho) Lucas Silvestre.

 

Colorado tropeça, Galo agradece

Se o Atlético-MG, novo líder do Brasileirão, comemorou o tropeço do Athletico em Santos (SP), celebrou também a derrota do Internacional para o Fluminense, de virada, por 2 a 1. O Colorado, que podia assumir a ponta se vencesse, saiu na frente com o atacante Paolo Guerrero, mas, o meia Nenê marcou duas vezes, de pênalti, o segundo deles assinalado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), garantindo a primeira vitória do Tricolor na competição.

Assim como na Vila, houve desfalque no banco, já que Odair Hellmann foi afastado da partida por suspeita de contaminação pela covid-19. Em nota, o Fluminense explicou que o técnico realizou três testes, entre os dias 6 e 13 de agosto. No do dia 9, o exame sorológico deu negativo, mas, o PCR foi positivo, o que levou o treinador a fazer mais um teste. Apesar do último resultado não constatar o vírus, Odair foi impedido de dirigir o time carioca no domingo. O clube informou que o comandante estará de volta na próxima rodada.

O VAR também entrou em cena no empate por 1 a 1 entre Atlético-GO e Sport, em Goiânia. Embalado pela vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, na última quarta-feira (12), o Dragão abriu o placar com o meia Jorginho, que também havia balançado as redes na rodada anterior. Na etapa final, o árbitro de vídeo foi acionado após o zagueiro Iago Maidana empatar nos acréscimos - a tecnologia confirmou que o defensor estava em posição legal e validou o lance.

Fortaleza e Botafogo também ficaram no empate no Castelão, mas, em 0 a 0. O Alvinegro saiu na bronca com o árbitro Marielson Alves Silva, pela não marcação de um pênalti, aos 34 minutos do primeiro tempo, do lateral Gabriel Dias no meia Bruno Nazário. O atacante David, do Leão, desperdiçou a melhor chance ao errar um cabeceio perto da pequena área, aos 18 da etapa final.

Veja AQUI a classificação completa do Campeonato Brasileiro da Série A.

Confira, abaixo, os jogos pela quarta rodada da competição - todos seguindo o horário oficial de Brasília.

Quarta-feira (19)


19h15 - Flamengo x Grêmio
19h15 - Red Bull Bragantino x Fluminense
19h30 - Athletico-PR x Palmeiras
20h30 - Internacional x Atlético-GO
20h30 - Goiás x Fortaleza
21h30 - Botafogo x Atlético-MG
21h30 - Corinthians x Coritiba

Quinta-feira (20)


19h15 - Sport x Santos
20h - São Paulo x Bahia
20h - Ceará x Vasco

Edição: Valéria Aguiar