quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Infraestrutura



Empresários veem infraestrutura como setor com maior volume de investimentos em 2017, diz pesquisa da Deloitte
Entrevistados da área preveem crescimento de 5% em suas receitas e investimentos no ano que vem
Luísa Cortés, do Portal PINIweb
16/Novembro/2016










O setor de infraestrutura pode ser aquele a receber o maior volume de investimentos no ano que vem. É o que diz, ao menos, a pesquisa Agenda 2017, realizada pela Deloitte Auditoria e Consultoria Empresarial, com 746 organizações brasileiras. Os entrevistados, que podiam citar cinco segmentos econômicos que receberiam mais recursos em 2017, apontaram rodovias (38%), geração de energia elétrica (35%) e portos (33%).

O segmento de educação e formação técnica recebeu 30% das citações para potenciais alvos de investimentos no ano que vem, seguido por obras urbanas (29%); transmissão e distribuição de energia (26%); saúde e saneamento (26%); aeroportos (22%); habitação e moradia (21%); telecomunicações (21%); siderurgia e metalurgia (20%); exploração de petróleo e gás (19%); ferrovias (19%); segurança (18%); exploração de minerais (14%); e hidrovias (5%).

Ainda segundo os pesquisados, os três segmentos com maior impacto sobre os negócios das empresas neste ano e em 2017 serão rodovias, siderurgias e metalurgia e a exploração de petróleo e gás.

Para Othon Almeida, sócio-líder da área de Market Development da Deloitte, a percepção dos entrevistados pode ser resultado do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que prevê uma série de privatizações e concessões de ativos públicos. "Essa percepção das empresas é positiva, já que a área de infraestrutura é grande geradora de postos de trabalho e mobilizadora de vultosos recursos. Assim, podemos imaginar boas perspectivas e uma mudança importante de cenário em relação à geração de emprego e renda", avalia.

Das empresas participantes da pesquisa, 14% pertencem ao setor de infraestrutura. A área também corresponde àquela mais otimista em relação ao ano que vem, já que estima um crescimento de receitas líquidas de 10%, e aumento de investimentos também na casa dos 10% para o ano que vem, de acordo com a mediana das opiniões apuradas.

Apesar de ter sido um dos mais afetados pela atual crise, com previsão de queda de 10% nas receitas líquidas, segundo a mediana das respostas concedidas, o setor da construção civil prevê uma reversão na tendência para 2017. Os pesquisados esperam alta de 5% para as suas receitas e para seus investimentos no ano que vem.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Salvar o planeta



Missão de desvio de asteroides envolverá cinco naves
Com informações da ESA -  08/11/2016




Além da nave-mãe e do módulo de pouso, a missão contará com uma sonda de impacto e dois nanossatélites, que tentarão filmar tudo de perto.[Imagem: ESA - ScienceOffice]



Cinco naves contra dois asteroides
A ESA (Agência Espacial Europeia) anunciou estar entrando na etapa final de avaliação da sua Missão Impacto a um Asteroide, ou AIM (Asteroid Impact Mission).
A missão AIM voará junto com a missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide), da NASA. O alvo de ambas é o sistema duplo Dídimo, um binário, com dois asteroides girando um em torno do outro - o asteroide primário tem cerca de 800 metros de diâmetro, enquanto o satélite tem cerca de 150 metros.

Enquanto a DART atinge o menor dos dois asteroides, a sonda AIM será responsável por coletar todos os dados técnicos necessários para validar os modelos de um impacto para desviar um asteroide de sua rota.

Além disso, dois nanossatélites (cubesats) serão enviados para observações complementares e mais arriscadas, bem mais próximas do asteroide, e um módulo de pouso, a microssonda Mascot-2, descerá na pequena lua Dídimo para examinar a sua estrutura interior.

Não há muito tempo disponível para a preparação da missão porque os asteroides continuam vindo em direção à Terra, para uma passagem sem risco de choque em 2022. Só na Europa, mais de 40 empresas de 15 países estão envolvidas na fabricação dos diversos sistemas da missão. Nos EUA, a construção do módulo de impacto está sendo coordenado pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.

Modelo em escala do módulo de pouso Mascot-2, que tentará pousar na lua do asteroide binário Dídimos. [Imagem: ESA/DLR]

Pouso e observação
Para observar os asteroides, a missão usará a mesma câmera que a sonda Dawn, da NASA, está usando para observar o planeta anão Ceres.

Mas o sistema está sendo testado com os dados da sonda Rosetta, que orbitou um cometa durante mais de um ano.

"Não há dois asteroides exatamente iguais, e na verdade os asteroides Dídimos estão realmente muito distantes para que os astrônomos saibam suas características superficiais precisas. Mas essas imagens da Rosetta oferecem um análogo útil para testar a precisão de navegação que precisaremos para manobrar rumo ao nosso alvo, a 'lua Dídimo', e, finalmente, liberar a Mascot-2 na sua superfície, com alguns centímetros por segundo de precisão," explicou Michael Kueppers, chefe do projeto AIM.

A ESA também está trabalhando com as empresas que apresentaram os melhores projetos de nanossatélites para voar a bordo da AIM.

Filmar o impacto
Uma missão multiveículos - nave-mãe, sonda de pouso, sonda de impacto e nanossatélites - no espaço profundo é algo pioneiro na exploração espacial.

A AIM também demonstrará uma tecnologia inovadora que permitirá que a sonda navegue autonomamente em torno do asteroide, como uma nave espacial autodirigida, sem necessidade de receber comandos da Terra.

O objetivo é que esse conceito de autonavegação possa ser aplicado em futuras naves espaciais destinadas a explorar corpos celestes mais distantes da Terra.